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Genética e Câncer de Mama

GENÉTICA E CÂNCER DE MAMA

 

Dr. Luciano Rangel

Mastologista CREMESC 10253

 

 

Aproximadamente 5% dos casos de câncer de mama têm origem relacionada a um fator genético familiar e hereditário. Aspectos sugestivos de uma contribuição genética para o desenvolvimento dos cânceres de mama e ginecológico incluem: 1) o surgimento de novos casos da doença em uma família que já apresentava um indivíduo previamente acometido; 2) presença de múltiplos familiares diagnosticados com câncer de mama ou de ovário, ou até outros tipos de câncer como de tireóide, linfomas ou leucemias, câncer de estômago, etc; 3) apresentação em pacientes jovens, com menos de 40 anos; 4) acometimento de indivíduos do sexo masculino. 

 

É necessário dizer que tanto homens quanto mulheres podem herdar e transmitir genes capazes de corroborar para o surgimento dos cânceres de mama e ginecológico.

 

Fatores adicionais à história familiar e à genética- tais como, história reprodutiva, uso prolongado de contraceptivos hormonais, terapia de reposição hormonal, exposição à radiação em uma fase precoce da vida, consumo de bebidas alcoólicas e baixo nível de atividade física, podem influenciar o risco de alguém vir a ter câncer.

 

Alguns modelos matemáticos foram desenvolvidos como ferramentas de suporte clínico na estimativa de risco de uma paciente vir a ter câncer de mama ou câncer ginecológico ao longo de sua vida, bem como de ser portadora de uma variante patogênica (causadoras de doenças) dos genes BRCA 1 e BRCA 2, ou dos genes reparadores de erros do DNA, relacionados à Síndrome de Lynch (endométrio e intestino grosso).

 

O diagnóstico de um aumento de risco para câncer de mama ou ginecológico implica em mudanças no plano de rastreamento mamário (ou seja, realizar exames de imagem periódicos, como mamografia e ressonância nuclear magnética) e na discussão de medidas clínicas, farmacológicas ou até cirúrgicas, com objetivo profilático (para tentar reduzir o risco de ocorrência da doença).

 

Atualmente, existem no mercado diferentes tipos de testes genéticos capazes de detectar a presença de variantes patogênicas (causadoras de doenças) relacionadas ao desenvolvimento de câncer de mama, ovário, endométrio, tumores do trato gastro-intestinal, tireóide e outros. Com o passar do tempo, estes testes felizmente têm se tornado de um custo bem mais acessível, o que associado à praticidade da coleta feita pelas pacientes, em seu próprio domicílio, certamente nos possibilita aumentar o seu uso na prática clínica.

 

Em linhas gerais, os testes genéticos estão indicados para indivíduos pertencentes a uma família com alta incidência de câncer, para pacientes diagnosticadas com câncer de mama, sobretudo aquelas mais jovens com idade menor ou igual a 40 anos, ou portadoras de tumores triplo negativos (receptores de estrogênio e progesterona negativos, HER 2 negativo), ou portadoras de câncer de ovário, independentemente da idade.

 

Se você tem alguma dúvida, ou acha que o assunto desse texto pode ser de seu interesse, agende uma consulta com o seu mastologista. Com certeza, há muita informação ainda sobre este tema e que pode ser útil para você.

 

Fonte: https://www.cancer.gov/types/breast/hp/breast-ovarian-genetics-pdq#_3078_toc

Consultado em 30/06/2020, às 17:00h.

 

 

 

 


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